domingo, 11 de outubro de 2009

As olimpíadas no Rio poderão mudar o esporte no Brasil

A decisão de realizar as olimpíadas de 2016 no Rio de Janeiro, pode realmente ser a chance de resolver os problemas brasileiros com a falta de apoio e incentivo para a base do esporte.


Os meios de comunicação estão preocupados com isso e vários temos já estão sendo levantados para discussão. O "Globo" deste domingo, 11 de outubro, apresenta uma excelente matéria sobre a falta de política desportiva no Rio de Janeiro para o ensino público, que acarreta em sobra de dinheiro público. Veja a matéria.

Falta política esportiva, sobra dinheiro público

Está em "O Globo" deste domingo: Na cidade-sede dos Jogos Olímpicos, 45% das escolas públicas não têm sequer uma quadra de esportes.

RIO - Professor de educação física da Escola Municipal Christiano Hamann, na Gávea, Rodrigo France transformou-se em especialista do improviso.

Como o colégio só tem um pequeno corredor para a prática de esportes, o futebol tem no máximo três jogadores de cada lado.

A rede de vôlei fica amarrada em canos e, quando algum aluno exagera na força, é torcer para o vizinho estar de bom humor e devolver a bola.

O caso reflete a realidade de 2009 da cidade-sede dos Jogos Olímpicos de 2016: dos 1.781 colégios públicos de ensino básico do Rio, 803 (45%) sequer têm uma quadra de esportes, segundo dados do Censo Escolar de 2008 do Ministério da Educação.

No estado, a situação é ainda pior: das 6.570 unidades, 3.871 (58,4%) não possuem instalações esportivas.

- Na capital, se muitas escolas não têm instalações esportivas, outras apresentam quadras com piso ruim, poste de vôlei enferrujado ou então falta uma cobertura. Tudo isso leva a um desperdício de talentos imenso, se levarmos em conta o esporte de alto rendimento.
Mas a educação física na escola precisa de mais espaço para cumprir sobretudo seus objetivos pedagógicos.

Num exercício, a criança que não consegue mudar de direção do lado direito para o esquerdo vai ter um reflexo negativo na hora de identificar letras, de diferenciar o "p" e o "b", por exemplo - afirma Sérgio Tavares, professor de educação física da Universidade Castelo Branco, que, após pedido do Tribunal de Contas do Município (TCM) ao Conselho Regional de Educação Física, coordenou uma proposta de manual para a avaliação das aulas de educação física escolar no Rio.

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